segunda-feira, 29 de junho de 2009

Morre o mito Michael Jackson

Não se fala em outra coisa pelos quatro cantos do mundo que não seja a morte “repentina” do maior ícone da música pop, Michael Jackson. Vítima de uma parada cardíaca na última quinta-feira (25/06), o cantor morreu na cidade de Los Angeles aos 50 anos de idade, às vésperas de iniciar uma turnê que previa a realização de 50 shows que marcariam o seu retorno aos palcos após um longo período de recesso.

Ainda meio perplexo como todo mundo pelo acontecido, tenho tentado imaginar como as pessoas daqui a 5 ou 10 anos se lembrarão de Michael Jackson. De um lado existe o gênio que revolucionou o mundo da música a partir da década de 70, que é dono do álbum mais vendido de todos os tempo (um certo “thriller” que vendeu “apenas” 100 milhões de cópias), que já levou pra casa 25 grammys e viu 41 de suas músicas chegarem ao topo das paradas, que já vendeu aproximadamente 800 milhões de discos em toda a sua carreira e que se tornou ícone na música e na dança para fãs de todo o planeta. Do outro lado porém existe o Michael de vida conturbada, envolvido em casos de pedofilia, dívidas monstruosas, casamentos polêmicos e aparência física que foi estranhamente ganhando formas e cores diferentes.

Na dúvida, ainda creio que Michael Jackson será mais lembrado pelos feitos positivos e praticamente insuperáveis de sua carreira. Assim como Elvis Presley e John Lennon, Michael na minha humilde opinião deixa de ser gênio e entra agora para o seleto hall dos mitos. Só por força de comparação, é inevitável dizer que os três nomes citados tiveram carreiras brilhantes porém recheadas de polêmicas. Elvis e Lennon são muito mais lembrados e reconhecidos por sua genialidade. Com Michael a história tende a não ser diferente.

Brasil conquista Copa das Confederações

5 jogos, 5 vitórias. Com 100% de aproveitamento a seleção brasileira retorna da África do Sul com o título da Copa das Confederações. Porém, apesar de os números serem impressionantes, a conquista não foi tão fácil assim. Logo na estreia, a seleção venceu o Egito por 4X3 com um gol de pênalti aos 45 minutos do segundo tempo. Em seguida vieram duas vitórias tranquilas sobre Estados Unidos e Itália, ambas por 3X0.

Na semifinal, um gol aos 42 da segunda etapa eliminou os donos da casa e nos colocou na decisão, novamente contra os norte-americanos. Porém dessa vez a partida foi bem mais complicada que a disputada na 1ª fase. Após ver os Estados Unidos terminarem o primeiro tempo com uma vantagem de 2X0, a seleção teve de suar a camisa para reverter o resultado no segundo tempo, com dois gols de Luís Fabiano e um do capitão Lúcio.

Tidas como fortes candidatas ao título, Espanha e Itália decepcionaram. Os espanhóis ficaram com o 3º lugar, após vencerem a África do Sul por 3X2 na prorrogação. Atuais campeões mundiais, os Italianos sequer conseguiram classificar para a segunda fase, após derrotas para Brasil e Egito.

Questionado por muitos (inclusive por mim), o técnico Dunga retorna da África do Sul em alta. Na bagagem, além do título da Copa das Confederações, o técnico pode se orgulhar da 1ª colocação nas eliminatórias sulamericanas para a Copa de 2010 e o mais importante: ver a seleção bem definida e jogando bem. Só para ilustrar o bom futebol apresentado pela equipe basta dizer que Kaká foi eleito o melhor jogador da Copa das Confederações, enquanto Luís Fabiano além de artilheiro foi considerado o segundo melhor jogador da competição.

Sorte para o Dunga e força para a seleção, rumo ao título da Copa do ano que vem!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sobre o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalistas

O post desta semana não poderia falar sobre outro assunto que não o fim da obrigatoriedade do diploma para jornalistas. A decisão foi tomada na última quarta-feira (17/06) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e libera as empresas de comunicação para contratar profissionais de outras áreas ou mesmo pessoas sem qualquer formação superior.

O que me causou mais estranhamento (revolta, talvez) em toda essa história foi a justificativa para tal decisão. Segundo os ministros responsáveis, o diploma de jornalismo limita a liberdade de expressão, e se não bastasse, eles ainda tiveram a ousadia de fazer uma comparação entre jornalistas e cozinheiros, afirmando que em ambos os casos não é necessário que se tenha um diploma e sim que se faça bem o seu respectivo serviço.

Deixando as declarações estúpidas de lado, não penso que a decisão irá mudar muita coisa, primeiro pelo fato de que "aventureiros" no meio jornalístico (ex- jogadores, modelos, ex-BBB's, e etc) sempre existiram e acho que infelizmente sempre existirão, e segundo que certamente a grande maioria dos meios de comunicação continuarão apostando em profissionais que são formados na área, cabendo a esses se destacarem pela sua capacidade.

Ainda assim não posso deixar de demonstrar a minha insatisfação com essa mudança. Enquanto continuarmos valorizando a falta de estudo estaremos cada vez mais andando para trás. Acreditar, por exemplo, que qualquer um pode ser jornalista ou que qualquer garoto de 12 anos que saiba mexer no Corel Draw pode ser um publicitário é o mesmo que dizer: "Estudar pra quê?!".


“A decisão do Supremo significa um golpe muito grande na qualidade da informação jornalística, um golpe na valorização da nossa categoria no Brasil”

(Sergio Murillo de Andrade - Presidente da Fenaj)

“O jornalista deve ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional que repercute na vida dos cidadãos em geral”
(Marco Aurélio Mello - Único ministro que votou a favor da obrigatoriedade do diploma)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Crise Econômica? Não no Real Madrid

A crise econômica que ainda assombra o mundo parece não assustar o Real Madrid. O atual vice-campeão espanhol anunciou na última semana a contratação de Kaká (eleito melhor jogador do mundo em 2007) por 65 milhões de euros e de Cristiano Ronaldo (eleito melhor jogador do mundo em 2008) por 94 milhões de euros. A contratação do português inclusive se tornou a transação mais cara da história do futebol, superando a contratação de Zinedine Zidane em 2001 pelo próprio Real por 73 milhões de euros.

Contratações milionárias parecem mesmo ser característica do time de Madrid. Basta citar que as 4 maiores transações da história do futebol foram realizadas pelos espanhóis: Cristiano Ronaldo, Zidane, Kaká e Figo. E se engana quem pensa que as contratações de peso para próxima temporada param por aí. Nomes como os de Karim Benzema (Lyon), David Villa (Valência), Zlatan Ibrahimovic (Internazionale), Franck Ribéry (Bayern de Munique), Maicon (Internazionale), Ashley Cole (Chelsea) e Álvaro Arbeloa (Liverpool) são badalados pela imprensa européia como possíveis reforços do clube.

O alto investimento com as duas contratações realizadas até aqui têm divido imprensa, torcedores, jogadores e até mesmo dirigentes adversários. A torcida dos espanhóis é para que não se repita o que aconteceu no início da década, quando os “Galácticos” comandados por Zidane, Ronaldo, Beckham, Figo, Roberto Carlos, Raúl, entre outros, acabaram não compensando o altíssimo investimento realizado e não conseguiram nenhum título de grande expressão.

Analisando o novo acordo ortográfico

O primeiro semestre com a nova ortografia em vigor está chegando ao fim e eu ainda não consigo perceber melhoras significativas que justificassem tal mudança. Aliás, muito pelo contrário. A intenção era unificar a língua portuguesa, visto que o português é a única língua do mundo que possui duas grafias oficiais diferentes, mas ao menos para mim as mudanças trouxeram muito mais problemas do que soluções.

O fim do trema e o retorno das letras “w”, “k” e “y” ao alfabeto são até aceitáveis. Mas as mudanças na acentuação de algumas palavras e também em relação ao uso do hífen é que são bastante questionáveis. A palavra “microondas” por exemplo passa a ser escrita “micro-ondas”; já as palavras “pêra”, “vôo”, “lêem”, “idéia”, “heróico”, “estréia”, “paranóia” e “platéia” são apenas algumas das várias palavras que passam a ser escritas sem acento.

Eu faço minhas as palavras do professor Pasquale Cipro Neto que classificou as mudanças como “exageradas” e “desnecessárias”. Pior ainda para quem mora em Portugal, onde as mudanças foram bem mais radicais, com a perda de letras em palavras como “victima”, que passa a ser escrita “vítima”, como no Brasil. Resta mesmo é nos acostumar com as novas mudanças, já que parece não haver outro jeito mesmo.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A copa do mundo é nossa ... Mas nem tudo são flores!

Copa do mundo de futebol no próprio país do futebol. Tudo perfeito, ok?
Bem, ok em partes. Hoje, voltando pra casa depois da faculdade me pus a pensar sobre alguns “pequenos” detalhes que parecem estar sendo ignorados.

No papel os projetos milionários dos 12 estádios escolhidos estão maravilhosos, mas e quanto aos milhões de brasileiros que vivem nas ruas: Serão varridos para debaixo do tapete ou receberão algum tipo de ajuda concreta? E as nossas inúmeras favelas e aglomerados: Serão simplesmente ignorados ou receberão toda uma “maquiagem”? E quanto ao preço do ingresso depois que esses estádios ficarem prontos: Estará dentro das possibilidades econômicas do torcedor brasileiro ou somente dentro das possibilidades da elite?

Não quero aqui bancar o estraga prazer, muito pelo contrário. Como todo bom brasileiro fã de futebol estou feliz com o fato de o país sediar o mais importante evento do mundo. Porém algumas questões (como estas que eu mencionei) merecem ser tratadas com um certo carinho, e o Brasil deve aprender muito com o exemplo da África do Sul, que para sediar a copa do ano que vem está tendo de passar por boa parte dos "obstáculos" que nós iremos enfrentar.

Mais uma tragédia no espaço aéreo brasileiro

A Aeronáutica e a Marinha confirmaram na manhã desta segunda-feira (08/06) que já foram encontrados 16 corpos de pessoas que estavam no Airbus da Air France, que partiu no último dia 31 do Rio de janeiro rumo à Paris. Os corpos assim como alguns destroços do avião foram encontrados no arquipélago de São Pedro e São Paulo, a 770 km de Fernando de Noronha. Ao todo, 228 pessoas estavam no avião.

Nos últimos três anos, o Brasil infelizmente acabou sendo palco de três trágicos acidentes aéreos. O primeiro deles ocorreu em setembro de 2006, quando um Boeing da Gol acabou caindo em uma área densa da Floresta Amazônica, vitimando as 154 pessoas que estavam a bordo. Menos de um ano depois, em julho de 2007, um avião da TAM chocou-se contra um prédio em São Paulo, matando 199 pessoas. Caso sejam mesmo confirmadas as 228 mortes, o acidente com o Airbus se tornará o pior acidente aéreo da história da América Latina, superando o acidente com o avião da TAM.

Ficam aqui os meus sinceros pêsames pela tragédia, e um pequeno comentário: É incrível como a mídia simplesmente ignorou a “tal gripe suína” após esse acidente. Embora a doença pareça já esquecida, vale ressaltar que já são 36 casos confirmados só no Brasil, e assustadores 25.288 em todo o mundo.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Viver de arte: Mera ilusão ou possibilidade real?

Chega a hora de encarar o tão temido vestibular. Os estudantes que em geral têm 17 ou 18 anos de idade se vêem obrigados a tomar aquela decisão que mudará suas vidas para sempre. Muitos optam por cursos mais “tradicionais”, como Medicina, Direito ou Administração. Mas o que dizer daqueles que decidem fazer Cinema, Música ou Artes Cênicas, por exemplo?

Falo isso pois recentemente voltei a me empenhar na composição de músicas, e honestamente tenho gostado muito do resultado. Só não sei porém até que ponto isso pode dar certo.

Focando a discussão central um pouco mais no cinema, tenho de falar que muitas pessoas que conheço só não optaram pelo curso pelo fato de não acreditarem na possibilidade de serem bem sucedidos vivendo disso. Lembro então de uma entrevista do diretor Cacá Diegues que li outro dia na internet. Para ele, tudo é questão de trabalho e empenho. Se a pessoa se dedicar e tiver talento tende a ser bem sucedida sim.

Se ele está certo ou não, honestamente não sei. Fato é que com o advento das novas mídias e das novas tecnologias, os horizontes parecem ter se ampliado para os aspirantes a cineastas, bem como para os novos músicos. Com uma simples câmera digital comum, uma pessoa pode produzir um vídeo, postá-lo em sites como o Youtube e o Myspace, e em questão de pouco tempo virar celebridade na rede. Isso sem contar ainda os vários concursos no país que premiam produções audiovisuais independentes.