segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Copa no Brasil, Olimpíadas no Rio. O que dizer disso?

Tóquio, Madri e Chicago. O que estas cidades têm em comum? Todas são metrópoles de primeiro mundo derrotadas pelo Rio de Janeiro na disputa pela sede dos jogos olímpicos de 2016.

O anúncio oficial realizado na última sexta-feira (02/10) foi festejado como um título, não só por cariocas mas também por brasileiros de diferentes estados. A festa é justificável sim, afinal o Rio de Janeiro será a primeira cidade sulamericana a ser sede de uma Olimpíada. Mas é preciso refletir sobre alguns pontos.

O orçamento total para a realização do evento é de simplesmente 14 bilhões de dólares. Pense quantas melhorias poderiam ser feitas no país com toda essa quantia astronômica. E olha que esse investimento é pequeno perto daquilo que o Brasil gastará com a Copa do Mundo de 2014. Para apimentar ainda mais o assunto, vale ressaltar que o projeto para o Pan de 2007- também realizado na capital fluminense – previa gastos de 400 milhões, que acabaram no final saltando para 3,1 bilhões. Agora pense se ocorrer o mesmo com os projetos da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Dois eventos de tamanha importância certamente trarão visibilidade e investimentos para o país. Além do mais, o dinheiro que será gasto trará uma série de melhorias importantes, afinal pontos críticos, como por exemplo transporte e segurança, precisarão ser muito melhorados para atender as exigências necessárias para a realização de ambas as atividades. Mas o meu medo é que se repitam as velhas histórias que nós já cansamos de ver: desvio de dinheiro, corrupção, além claro de ver os problemas (pobreza, fome, miséria) serem varridos para debaixo do tapete. Cabe a nós exercermos pressão, fiscalizar, reivindicar, lutar também para que tudo saia dentro de padrões minimamente aceitáveis.

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